segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Teatro no século XX

Leonardo Cassano

Como já vimos no início da outra postagem sobre o tema, o século XX é a era da extrema profissionalização do Teatro. As Companhias de Teatro se organizam com vários propósitos. Há aquelas que se estabelecem para um só evento e depois se desfazem e aquelas que têm a intenção de desenvolver trabalhos a longo prazo, montando um repertório. Existem as especializadas em montar determinados autores, gêneros, estilos ou técnicas. A quantidade de integrantes em cada Companhia varia conforme o projeto. Tudo depende da verba.

O diretor pode ser alguém integrante da Companhia ou ser contratado para aquela montagem específica. Todos os atores possuem contratos que variam de apenas uma apresentação até vários anos, seja numa companhia empresarial, estatal, ou alternativa. Toda a equipe técnica e administrativa (desde o varredor de palco até o diretor de promoção) podem ser ou não integrantes fixos das companhias e também têm seus contratos. Além disto, todos são reconhecidos por leis e pelo sindicato dos atores (SATED) que protegem os direitos trabalhistas.

Ainda há bolsões de preconceitos ou idealizações em relação à profissão, mesmo entre os próprios integrantes (artistas, técnicos e produtores). Ás vezes, tudo é tratado com superficialidade ou glamourizado pela mídia. Mas o artista sério passa por cima disto e dignifica sua profissão, não se envolvendo com a mediocridade. Para não se iludir é preciso que, em primeiro lugar, respeite a si mesmo como pessoa, e faça-se respeitar na sociedade e, em segundo lugar, seja honesto com seus colegas e no mercado de trabalho.

Existe também o teatro amador, que é feito por pessoas que desenvolvem outras atividades profissionais, mas que, paralelamente, gostam de fazer teatro e servem alguma comunidade com um pouco de lazer ou no caso de estudantes, caminhando para a profissionalização.

O Teatro no século XX começou a concorrer com outras formas de espetáculos e lazer, tais como os shoppings, cinema, rádio, internet, esportes e parques de diversão. Mesmo assim, estas atividades abriram um mercado de trabalho enorme para vários ofícios da atividade teatral, como, por exemplo, os eventos que ocorrem em shoppings e parques, que contam com atores fazendo esquetes teatrais.

De qualquer forma, parte do público do Teatro foi perdido. Como recuperá-lo? Só os artistas com responsabilidade e profissionalismo irão responder.

FOTO -
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