segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Cinema: arte das produções ou da bilheteria?

Caio Falcão

O cinema é uma arte que nasceu na França, no final do século XIX, criado pelos irmãos Lumière. Contudo, aquele que é considerado pai do cinema é Meliès, que comprou o aparelho inventado pelo dois irmãos e começou a produzir seus próprios filmes, contando histórias da ocasião e fazendo até documentários.

Com o passar dos anos, o modo de fazer cinema foi evoluindo, através de técnicas e a já conhecida tecnologia, que fez com que singelas produções tomassem um status grandioso. Porém, não se apagou toda aquela mística envolvida.

No começo, os filmes eram simples e sem muitas encenações (considerados até “pequenos”), pois o trabalho para se fazer uma produção era grande por demais. Não se havia muitas salas espalhadas nos países para a distribuição. Além disso, outro fator que atrapalhava a divulgação dos filmes era que os cinemas da época não apresentavam som e cor.

A chamada “Sétima Arte” (nome conseguido com o sucesso de público nos anos seguintes à sua invenção) contou com clássicos como os filmes de Charlie Chaplin, em que o preto e o branco, além da ausência de som, faziam com que a expressão corporal do ator fosse o mais dominante.

O cinema contou, ainda, com filmes inovadores como Star Wars e Matrix, que tiveram a função de mostrar uma ficção e contaram, para atingir seu objetivo, com tecnologias mais apuradas da época; com produções misteriosas, do grande expoente na direção de filmes Hitchcock; e, finalizando, histórias reais, como a retratada no filme “O Poderoso Chefão”.

Hoje em dia, parece que algo se perdeu. As pessoas que vão assistir os filmes na grande tela não ligam mais para a qualidade do filme, para o contexto histórico (caso ele não seja uma ficção científica) ou para uma história que os leve a pensar e refletir. O que é realmente valorizado na atualidade são as superproduções, que contam com atores consagrados (muitas vezes apenas pela sua beleza, deixando de lado a atuação).

Isso fez com que o cinema mudasse muito daquele criado e imaginado na França, onde o importante era passar a mensagem e não ganhar dinheiro. Esse conceito parece ter se perdido em Hollywood, onde o filme consagrado é aquele que traz frutos na bilheteria.

Cinema não é só pipoca e refrigerante, homens e mulheres bonitas. Cinema é arte traduzida nas telas, uma imitação da vida real, que mexe com o imaginário de quem assiste, que leva a refletir e pensar melhor na vida. O conceito de arte precisa mudar, para a sobrevivência do bom e velho cinema, surgido nas idéias francesas dos irmãos Lumière.

FOTO:
http://static.hsw.com.br/gif/movie-distribution-ch.jpg

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